As fresas utilizadas na produção de próteses dentais geralmente são feitas de tungstênio ou possuem diamante, e podem ser bastante finas, chegando a até 0,2mm de espessura. Já os blocos utilizados na produção de próteses dentais são geralmente feitos de zircônia, PMMA, cera ou dissilicato de lítio e outras vitrocerâmicas.
Para garantir a durabilidade e o desempenho desses materiais, é importante seguir algumas recomendações de armazenamento e cuidado:
Armazene as fresas e blocos em local seco e longe de fontes de calor, pois esses fatores podem afetar a sua integridade.
Evite deixar as fresas e blocos expostos à luz direta, pois isso pode causar desgaste prematuro.
Utilize recipientes adequados para armazenar as fresas e blocos, como caixas ou estojos.
Limpe regularmente as fresas e blocos antes e depois do uso, utilizando soluções de limpeza específicas.
Verifique regularmente o estado das fresas e blocos e substitua-as quando necessário.
De acordo com estudos publicados no Journal of Prosthetic Dentistry, o uso de fresas e blocos de alta qualidade e bem cuidados pode resultar em melhores resultados estéticos e funcionais para as próteses dentais. Além disso, essas práticas de armazenamento e cuidado também podem aumentar a vida útil desses materiais, maximizando o seu investimento.
Reflita comigo, como você guarda as fresas em uso no seu Laboratório?
Normalmente meus clientes guardam na própria caixinha onde as fresas vêm, toda vez que vão colocar uma nova fresa na fresadora, precisam tirar uma de cada caixinha e guardar as outras em mais caixinhas. Isto pode até ser relativamente seguro, mas existe a possibilidade de você perder estas caixinhas ou pior, perder muito tempo nestas trocas, principalmente para usuários da AmannGirrbach, por isso uma dica simples e você usar as tampas destas caixinhas para fazer um broqueiro próprio para as suas fresas, sempre com tampa, para evitar que alguém quebre sem querer. Veja um exemplo abaixo:
É bem comum os Laboratórios abrirem as caixas dos blocos e guardarem em uma gaveta, principalmente misturando vários materiais dentro desta gaveta, observe que alguns materiais podem ser prejudiciais para outros, por exemplo, armazenar blocos de zircônia próximos a blocos de sintron, pode contaminar o sintron, o que acaba gerando um grande custo, fora a perda de tempo.
Apesar de eu sempre falar contra a fresagem de cera, ainda é uma prática bem comum, então uma dica boa para você que ainda tem muita produção de cera, principalmente em climas bem quentes, o ideal é armazenar os blocos dentro de um refrigerador, desta forma, o bloco mantém uma temperatura mais baixa e evita que fiquem restos de cera grudados nas fresas, o que diminui a capacidade de corte delas e força mais o spindle, mesmo sendo relativamente irrisório este desgaste perto do desgaste com vitrocerâmicas.
Outro costume que sempre observo é como nomear os blocos e depois armazenar, no caso do PMMA por exemplo, é comum ter vários blocos de cores semelhantes e que já foram muito fresados, mas que na hora de serem cadastrados no software de cálculo possuem nomes iguais e não possuem slots na gaveta. O ideal é ter uma gaveta com separações, onde você pode nomeá-las como se fosse um excel, por exemplo: Slot Z1, Z2,Z3,Y1,Y2,Y3. Neste caso, você pode cadastrar um bloco de PMMA de cor A2 e 20mm de altura, com o nome A220Y2, e armazená-lo no slot da gaveta Y2, desta forma, mesmo que ele esteja recortado igualzinho à outros de cor semelhante, você não tem dificuldade em encontrá-lo na gaveta.
Espero que essas informações sejam úteis para você e seu laboratório. Se tiver alguma dúvida ou precisar de mais informações, por favor, comente aqui embaixo, curta este post e se achar que o conhecimento pode ajudar outros TPDs, compartilhe este link.
Referência:
· Journal of Prosthetic Dentistry. (2015). The effect of bur quality on the aesthetic and functional outcomes of all-ceramic restorations.